MERCADO DE ARTE Nº 12

Exposição e Vendas nº 31
03 de setembro a 07 de outubro de 2006


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Mercado de Arte 12

Garimpando preciosidades do modernismo, antes vistas apenas por poucos, seleciona-las e oferece-las a colecionadores nas mostras Mercado de Arte é uma função que nós realizamos  desde 1992. Na época, um pequeno lote de obras que pertenceram ao escritor modernista Mario de Andrade, entre elas, o retrato do escritor pintado por Anita Malfatti, deu início a primeira exposição. Seguiram-se outras edições, com destaques para obras de Portinari, Guignard, Pancetti, Volpi e Di Cavalcanti.

Todos obedeceram ao mesmo conceito estabelecido por nós: a de exibir apenas obras de comprovada qualidade e não necessariamente a fase mais comercial dos artistas e de que, pelo menos um quarto delas seja inédito, ou que estejam distantes do mercado há mais de 20 anos . Por não cumprir este rigoroso critério, deixamos de realizar as exposições em 2004 e 2005. Agora, festejando 11 anos da Galeria a mostra retorna, com um selecionado lote de 50 obras de 30 artistas brasileiros, além de três expoentes estrangeiros – o mexicano Diego Rivera, a portuguesa Maria Helena Vieira da Silva e o alemão Max Liebermann.

Destacamos na mostra o Auto RetratoToureiro  de Ismael Nery, onde o pintor surge com o penetrante olhar de um toureiro pincelado pela delicadeza de bailarino. A ele se junta a Tela  Adalgisa, em que Nery retratou sua mulher, com uma paisagem metafisica ao fundo, além de cinco trabalhos em papel. Como Nery pintou apenas cerca de 90 quadros, essas duas obras primas, que so participaram de retrospectivas, são raridades no mercados.  O mesmo pode se  dizer na tela  O Samovar, iniciada em 1908 na Alemanha pelo lituano Lasar Segall e vista apenas em catálogos do artista. Num ambiente escuro, em que toques de Luz definem formas, a obra d Segall remete a Rembrandt.

Outro mestre, Portinari, ressurge no seu retorno de Israel com o óleo Batedores de Arroz, maquete  para o painel  Colheita de Arroz da Bolsa de Mercadorias & Futuro paulista. Brecheret resplandece  na pedra Veado Enrolado, umas  das oitos que realizou. Obra única, retirada do mar e que aponta para a grande fase brasileira do escultor, vista hoje como a mais autêntica e ainda não devidamente valorizada. A transgressão dos anos 60 também está bem representada, entre outras, por Tomoshige, Gerchman, Vergara, Aguilar e Tozzi. Mas é Wesley Duke Lee que se impõe na bela obra tridimensional Retrato de Sergio e Leila ou A Respeito do Casal,  uma das dez mais importantes peças produzidas por este ícone da arte contemporânea.  Feita em 1970, ela pode brilhar no acervo de qualquer grande museu de arte moderna do planeta.

Ricardo Camargo
colaborou Roberto Comodo


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